Território, Risco e Políticas Públicas
Território, Risco e Políticas Públicas
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O Doutoramento em Território, Risco e Políticas Públicas é um programa inter-universitário oferecido em conjunto pelo Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) e o Centro de Estudos Geográficos (CEG) da Universidade de Lisboa, pelo Centro de Estudos Sociais (CES) e o Instituto de Investigação Interdisciplinar (III) da Universidade de Coimbra, e pelo Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro.
As Ciências do Risco, enquanto área disciplinar, têm adquirido nos últimos anos uma crescente visibilidade e institucionalização, sobretudo em organizações de âmbito internacional como a UNESCO e o Conselho da Europa.
O programa de Doutoramento foi pensado para um público com formação superior, mas diversificado, indo das ciências sociais às ciências naturais e exatas e às tecnologias, permitindo uma visão integrada e a quantificação da capacidade de resiliência e resistência das comunidades e indivíduos, baseada na consideração conjunta de diversas incertezas, e na seleção de variáveis relevantes para a avaliação e perceção do risco nas comunidades humanas.
O curso fornece uma formação científica sólida nas diferentes áreas atinentes à problemática do risco, tanto na vertente de modelação dos processos, na gestão territorial e na mobilização dos indivíduos e comunidades, assim como na articulação e implementação de políticas públicas. Procura-se a definição de fundamentos e de instrumentos de apoio à política de gestão dos riscos, compreendendo, para além das medidas estruturais e sistemas de emergência, medidas de redução da vulnerabilidade social, instrumentos normativos, tendo em conta o enquadramento jurídico e estratégico nacional, assim como as diretivas comunitárias e as estratégias e regulamentos das organizações internacionais.
O programa decorre num total de quatro anos.
O programa doutoral tem como objetivo dar uma formação sólida nas áreas relacionadas com o risco. O programa estrutura-se em três linhas estratégicas: a) promoção de uma visão crítica, tanto em relação aos conceitos de risco, de vulnerabilidade e de resiliência sociais, como aos instrumentos de avaliação e gestão do risco, tendo em conta as dimensões contextuais dos riscos (dimensão sociológica); b) a possibilidade dos formandos se envolverem na análise de riscos no contexto de diversos programas e planos de desenvolvimento e ordenamento do território, em estudos de avaliação de políticas e em projetos com incidência territorial (dimensão de planeamento); c) análise dos riscos ambientais e das mudanças climáticas, avaliando criticamente as políticas de governação internacionais e nacionais nesta área (dimensão ambiental).
O programa pretende também estabelecer formas de envolvimento das comunidades, das instituições, dos atores e dos cidadãos nas práticas de governação do risco.